Decisão do TJ pode causar revisão em julgamentos do Caso Evandro
Decisão do TJ pode causar revisão em julgamentos do Caso Evandro
Valéria Biembengut [10/11/2006]
Por unanimidade de votos, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a decisão do Tribunal do Júri, que absolveu Airton Bardelli dos Santos e Francisco Sérgio Cristofolini da acusação de terem participado de um ritual de magia negra, em abril de 1992, em Guaratuba, em que o garotinho Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, foi assassinado. O julgamento de Bardelli e Cristofolini aconteceu no dia 20 de junho do ano passado. Dias depois, o Ministério Público pediu que os réus fossem submetidos a novo júri popular. A alegação da promotoria é que o jurados haviam tomado decisão contrária à prova dos autos.
Já os advogados de defesa -Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida e Haroldo César Nater - alegaram o princípio constitucional da “soberania dos vereditos”.
A decisão unânime dos desembargadores pode mudar os rumos do caso que, por mais de um década, ganhou repercussão nacional.
O garotinho Evandro Ramos Caetano desapareceu em abril de 1992 e, meses depois, sete pessoas foram acusadas de tê-lo seqüestrado e mantido em cárcere privado, antes de matá-lo em suposto ritual de magia. Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do prefeito de Guaratuba da época (Aldo Abagge), juntamente com Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos, Vicente de Paula Ferreira, Bardelli e Cristofolini foram presos e passaram anos na cadeia. Em virtude da complexidade do caso, o processo foi desmembrado em três, para que houvesse três julgamentos.
Em 1998, Celina e sua filha Beatriz foram absolvidas em julgamento que durou 34 dias. O Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça decidiu por novo julgamento. Isso fez com que a defesa ingressasse com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que ainda não decidiu se elas voltam ao banco dos réus, mas concedeu liminar suspendendo o julgamento que deveria ocorrer no final do ano passado. “Acredito que a decisão do Tribunal de Justiça de manter a decisão dos jurados no caso do Bardelli e do Cristofolini irá repercutir na decisão do Superior Tribunal de Justiça”, disse o advogado Osmann de Oliveira, defensor das Abagge.
http://www.parana-online.com.br/noticias/index.php?op=ver&id=242770&caderno=14
Mais uma vitória! Logo essa farsa acaba...
Valéria Biembengut [10/11/2006]
Por unanimidade de votos, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a decisão do Tribunal do Júri, que absolveu Airton Bardelli dos Santos e Francisco Sérgio Cristofolini da acusação de terem participado de um ritual de magia negra, em abril de 1992, em Guaratuba, em que o garotinho Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, foi assassinado. O julgamento de Bardelli e Cristofolini aconteceu no dia 20 de junho do ano passado. Dias depois, o Ministério Público pediu que os réus fossem submetidos a novo júri popular. A alegação da promotoria é que o jurados haviam tomado decisão contrária à prova dos autos.
Já os advogados de defesa -Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida e Haroldo César Nater - alegaram o princípio constitucional da “soberania dos vereditos”.
A decisão unânime dos desembargadores pode mudar os rumos do caso que, por mais de um década, ganhou repercussão nacional.
O garotinho Evandro Ramos Caetano desapareceu em abril de 1992 e, meses depois, sete pessoas foram acusadas de tê-lo seqüestrado e mantido em cárcere privado, antes de matá-lo em suposto ritual de magia. Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do prefeito de Guaratuba da época (Aldo Abagge), juntamente com Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos, Vicente de Paula Ferreira, Bardelli e Cristofolini foram presos e passaram anos na cadeia. Em virtude da complexidade do caso, o processo foi desmembrado em três, para que houvesse três julgamentos.
Em 1998, Celina e sua filha Beatriz foram absolvidas em julgamento que durou 34 dias. O Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça decidiu por novo julgamento. Isso fez com que a defesa ingressasse com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que ainda não decidiu se elas voltam ao banco dos réus, mas concedeu liminar suspendendo o julgamento que deveria ocorrer no final do ano passado. “Acredito que a decisão do Tribunal de Justiça de manter a decisão dos jurados no caso do Bardelli e do Cristofolini irá repercutir na decisão do Superior Tribunal de Justiça”, disse o advogado Osmann de Oliveira, defensor das Abagge.
http://www.parana-online.com.br/noticias/index.php?op=ver&id=242770&caderno=14
Mais uma vitória! Logo essa farsa acaba...
11 Comments:
Beatriz, fiquei com algumas dúvidas, se quiser responder, por que a resolução dos jornais está ruim para ler.
Isso não é nenhuma acusação, são só dúvidas mesmo que talvez seja até bom para você esclarecer.
Se vocês foram inocentadas, apareceu ou não o culpado?
Eu li o nome daquela Valentina em algum lugar. Ela tem alguma relação com o caso?
A investigação está sem conclusão?
Se vocês são inocentes, há algum motivo (político, vingança, etc) para que tenham sido acusadas?
Um fato estranho é que, se eu não estiver enganada, o pai se santo foi condenado e vocês absolvidas, ele estaria a mando de outra pessoa?
Estou acompanhando o debate, uma coisa me deixa curiosa! O que o juíz Fernando Tourinho quis se referir quando fez o comentário da juíza de Guaratuba?Quem era?
Beatriz, voce pode responder a pergunta do anonimo?
Porque o blog não é mais atualizado?
O que aconteceu com a comunidade?
Nossa... Fazia tempo que eu não entrava aqui.
Bom, quanto aos questionamentos de vcs, vou falar com a Beatriz para ela responder.
Quanto às ofensas - sejam de quem ou para quem forem - serão excluídas pra não virar um blog de baixo calão.
Até mais!
This comment has been removed by the author.
Descupe-me pela demora da sua resposta....
O que acontece é que encontraram um corpo, cujas perícias divergem em vários aspectos como estatura, dente que a dentista extraiu e que havia naquele pequeno cadáver, manipulação e contaminação do material coletado para os exames de DNA, perito não juramentado, a perita odontológica se baseou na memória da dentista que atendia boa parte das crianças e adultos de Guaratuba. Ela não possuía fichas odontológicas de Evandro Caetano. Essas fichas só apareceram tempos depois e estavam rasuradas e com descrições erradas da arcada dentária de Evandro Caetano. A própria tese usada pela acusação sobre os dentes rosados caíram por terra, durante o julgamento.
Em relação ao corpo que falam ser o de Evandro Caetano, o tamanho, a altura e outros detalhes não conferem. O corpo era maior e mais pesado. Você sabe de alguém que tenha crescido depois de morto?
Então como saber se aquela criança foi assassinada? Se foi atropelada? Ou se morreu por alguma enfermidade? Ninguém deu respostas a essas questões. Deste corpo, a única certeza que temos é que não é de Evandro Caetano. E se depender de nós, os sete acusados, Evandro deve estar agora com cerca de 20 anos e em algum lugar deste Planeta, porque nós não o seqüestramos, não o sacrificamos, não o assassinamos. Ou seja, ele deve estar vivo.
Meu pobre e falecido pai gastou quase tudo o que tínhamos na busca de todas as pistas que eram trazidas até a nossa família para encontrar Evandro Caetano, porque sabia da nossa inocência. E se a Justiça estivesse certa de que aquele seria o corpo de Evandro Caetano, nós não seríamos os assassinos cruéis. Nós sempre tivemos uma história e tradição de proteção aos mais desvalidos, aos excluídos, às crianças desprotegidas. E ninguém vira assassino cruel da noite para o dia. Assim, de repente. Ninguém mesmo. E como a polícia não possui provas de que somos culpados, precisou nos seqüestrar e torturar para fabricar uma prova. Assim, com a dignidade ferida, sucumbidos de dor e de indignação, fomos repetindo o que nos diziam para falar e os torturadores iam gravando. E quando não falávamos exatamente o que queriam, eles nos agrediam violentamente. A minha pobre mãe ao ouvir os meus gritos desesperados, sob o peso e a tortura, sevícia e estupros, decidiu que diria ter matado até Jesus Cristo para salvar a minha vida. Foi neste clima que arrancaram palavras de nossas bocas sobre um crime que jamais cometemos.
This comment has been removed by the author.
This comment has been removed by the author.
Anonymus..Não sei de que comentário você está falando e não conheço o Juíz que se refere
ADRIANA SAID
Ao fim do Júri, a juíza Marcelise Lorit Weber pediu que fossem realizadas investigações para saber a identidade real daquele pequeno cadáver. Isso foi feito? Até hoje, não! Por quê não há interesse nessa investigação? Por quê? Há tantos e tantos por quês sem respostas, o que é ter apenas mais um, não é mesmo??
O caso Evandro Caetano causa sofrimento aos acusados inocentes, aos pais das crianças desaparecidas, às famílias e à sociedade. Atos cruéis, em especial contra crianças, e injustiças ferem a nossa humanidade.
Enquanto todos os olhos se voltam para nós, outras pequenas vítimas estão sendo feitas por aí Não somos apenas nós, os sete acusados e as famílias das crianças desaparecidas e as próprias crianças desaparecidas, os reféns desta trama. É toda a sociedade.
No caso Evandro Caetano muito dinheiro do Estado foi gasto. Por que não investir na busca das crianças desaparecidas? Nas investigações sobre as crianças desaparecidas? Afinal, o que é prioridade para a sociedade? O quê? O que é prioridade para as pessoas? Acusar ou buscar a verdade?
O que?? Sua pergunta é mais um porque sem respostas.....
Post a Comment
<< Home